Pneumatologia
(Experiência e Teologia do Espírito Santo a luz do Concílio Vaticano II)
A Pneumatologia “Antes e depois” Do Vaticano II
Capitulo I: Situação: experiência e teologia do Espírito
I. I - Esquecimento do Espírito
Nos primeiros anos Após o Concílio Vaticano II, relatos sobre a situação relativa ao tema “experiência e Teologia do Espírito Santo” eram determinados, em sua parte diagnóstica, pelo termo – chave “esquecimento do Espírito”[1]. A própria teologia era, não raro, acusada de até primar pela ausência do Espírito. Já em 1951 Emil Brunner havia afirmado que o Espírito Santo “sempre foi mais ou menos um enteado da teologia e a dinâmica do Espírito, um fantasma para os teólogos”[2]. O que até então representava uma queixa expressa por poucos tornou-se um slogan corrente nos anos da arrancada eclesial e teológica.
I. II - Razões
As razões para este esquecimento do Espírito Santo remontam a um distante passado da fé, da Igreja e da teologia:
A – Dificuldades com movimentos centrados no Espírito - Desde o início as comunidades cristãs, depois a grande Igreja em formação e, após o cisma de fé, as Igrejas confessionais sentiram, cada uma à sua maneira, como perturbadores e perigosos, os movimentos entusiastas e carismáticos que invocavam o Espírito. Em face da suposta alternativa: “tumulto ou ordem”, ocorreram uma ampla domesticação e institucionalização do Espírito Santo. Assim, diferentemente do âmbito da Igreja Ortodoxa, a doutrina ocidental do Espírito, não se tornou em primeiro lugar uma doutrina sobre o Espírito, mas sobre sua administração pela Igreja[3]. As Conseqüências desse desenvolvimento foram: reserva de experiências autenticas do Espírito para a Igreja dos primeiros tempos, redução da atuação atual do Espírito à vida interior do indivíduo, crescente dualismo entre espírito e matéria em virtude de