Tranplante de medula óssea
Transplante de medula óssea (TMO) ou transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é um procedimento médico da área da hematologia e oncologia que envolve o transplante de células tronco hematopoiéticas provenientes da medula óssea do doador. Esse procedimento é indicado principalmente em doenças da medula óssea e certos tipos de câncer hematológicos. O TMO surgiu na década de 70, graças ao pioneirismo de E. Donnall Thomas e colaboradores, reconhecido mais tarde com o Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina. A principal característica desse procedimento e o que a difere da maioria dos transplantes de órgãos é que no TMO o receptor recebe por via endovenosa um aspirado de células de medula óssea do doador, e essas células migram pelo sangue até se fixarem na medula óssea do receptor e voltarem a se multiplicar e cumprir suas funções fisiológicas no hospedeiro. Apesar de aparentemente simples, ainda é um procedimento de risco e está indicado apenas em doenças graves. As principais complicações são infecções, recidivas da doença anterior e a doença do enxerto versus hospedeiro (graft versus host disease - GVHD), aonde as novas células do sistema imunológico, ao não reconhecer as células do hospedeiro, passam a destruí-las como se fossem uma infecção.
Procedimentos
Ao contrário de outros tipos de transplante, em que a parte cirúrgica tem uma grande importância, o transplante de medula óssea é simples de se realizar e consiste na obtenção de uma determinada quantidade de células provenientes da medula óssea do dador, para depois as reintroduzir no organismo do receptor através de uma simples transfusão. Por esse motivo, há quem prefira chamar-lhe "enxerto" em vez de transplante.
Os preparativos e o período imediato ao transplante são, sem dúvida, mais complexos, porque são momentos em que o receptor se encontra sem qualquer defesa orgânica e em que está muito exposto a infecções, devendo manter-se em especiais condições de