TRAJETÓRIAS DO CONCEITO DE PAISAGEM NA GEOGRAFIA
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA: GEOGRAFIA DA PAISAGEM
PROF. DR. JOSÉ LINDEMBERG LOPES
DISCENTE: DAVID BASÍLIO DE MELO
RESUMO:TRAJETÓRIAS DO CONCEITO DE PAISAGEM NA GEOGRAFIA
FORTALEZA, 2014
A Geografia, assim como toda a gama das ciências, passou por processos filosóficos em sua gênese em relação a suas áreas de estudo. Uma dessas áreas, a Paisagem, no século XIX, tenta entender quais relações existem nessa categoria de análise. As noções sobre o conceito de Paisagem diferem muito e dependem da “nacionalidade” dos corpos de pesquisa, por conta de influências culturais e discursivas entre os geógrafos.
A escola alemã, definiu a Paisagem como uma categoria científica, e até a década de 1940, de acordo com autores como Passarge, Hettner, Schlüter, foi definida como a concomitância de fatores ambientais e antrópicos. Como fatores antrópicos, pode-se colocar a questão cultural, onde cada assentamento humano terá uma visão e técnica ímpares, podendo transformar de diferentes modos uma paisagem natural, onde o ambiente funcionaria como meio.
A Geografia francesa sofreu uma enorme influência de Paul Vidal de La Blache e Jean Rochefort, a qual caracterizou a paysage (ou pays) como a relação do espaço físico com o homem. George Bertrand (1971, p.2) fala que “a paisagem não é a simples adição de elementos geográficos disparatados. É uma determinada porção do espaço, resultado da combinação dinâmica, portanto instável, de elementos físicos, biológicos e antrópicos que, reagindo dialeticamente uns sobre outros, fazem da paisagem um conjunto único e indissociável, em perpétua evolução.”
O estudo da Paisagem exige um enfoque avaliativo para definir o conjunto dos elementos envolvidos, escala de análise e temporalidade na paisagem. Por conta desses enfoques, percebe-se diferentes tipos de paisagem, onde há constante troca de matéria, energia e informação (Rodriguez, Silva, Cavalcanti, 2013).
Paisagem pode ser