CONTEXTO HISTORICO

7. HISTÓRICO

A evolução da habitação no Brasil compreende-se em cinco etapas históricas, as quais são: a Colonização Portuguesa, Independência Controlada e Império, República Velha, República Nova, Ditadura Militar e Democracia Burguesa.
Além das etapas, alguns aspectos condicionaram a moradia no Brasil, como o tipo de território e o sincretismo social que refletem diretamente na arquitetura aplicada no Brasil naquela época, pois teve grande influência portuguesa e de outros grupos étnicos que chegaram aqui. No ano de 1500, os europeus chegaram até o Brasil e decretaram o seu “descobrimento”, mas na realidade a população indígena já se fazia ocupante das terras, porém sendo ela de uma cultura diferente e peculiar (cultura ameríndia) comparada a dos europeus que possuíam conhecimentos intelectuais. As moradias indígenas daquela época eram as ocas (do tupi, oka: cabanas) e as palafitas (estacaria que sustenta as habitações lacustres. Estas se faziam presentes nas áreas de pantanal. Segundo Gilberto Freire, no livro: Casa Grande e Senzala, as ocas eram construídas em planta térreo, com paredes de caibros de madeiras de cipó, timbó e sapé, entrelaçados com fibras vegetais e cobertura de palha, sempre habitadas com um grande número de indígenas.
A partir de 1500 até o ano de 1822, compreende-se a época do Brasil Colônia, onde se consolida a plantação de açúcar, e então aos poucos as tradições portuguesas se misturam com as tradições indígenas. No cenário urbano as primeiras construções mais importantes foram igrejas, colégio de jesuítas e prédios públicos que eram acompanhados de moradias, conhecidas como “casas térreas” as quais eram ocupadas pelas pessoas mais pobres da região. As Casas Grandes representaram na formação brasileira a tendência mais caracteristicamente portuguesa, por ter sua estabilidade apoiada no engenho e no escravo.
No entorno dos Senhores de engenho, criou-se a chamada Arquitetura gorda, por estes serem proprietários de casarões amplos, cheios