tragedia

A Tragédia

A tragédia é uma forma dramática ou peça de teatro, em geral formal, cujo o fim é excitar o terror ou a piedade, baseada no percurso e no destino do protagonista ou herói, que termina, quase sempre envolvido num acontecimento fatal. Podemos assim dizer que pode abranger qualquer obra ou situação marcada por acontecimentos trágicos, ou seja, em que se verifica algo terrível que inspira comoção. Para os autores clássicos a tragédia era o mais nobre dos géneros. Foi apartir das reflexões mais sérias e tristes que mostravam os aspetos negativos da existência muitas vezes pela crença num destino fatal, que apareceu a tragédia.
A palavra grega "tragédia"(tragos+odé) significa "canto do bode" refere-se possivelmente ao ritual em honra a Dionísio (Deus grego do vinho e da alegria, como Baco para os Romanos) do qual, segundo Aristóteles, o teatro se originou. No rito a Dionísio sacrificava-se um bode, que ligava-se ao culto da fertilidade e ao ciclo vegetal, e portanto ao ciclo da vida humana, condicionada pela sombra da morte e do desastre.
A tragédia surgiu na Grécia no final do século VI a.C. e esgotou-se em seu sentido genuíno em menos de cem anos. Assim, quando no século IV Aristóteles formulou a Poética, sua teoria da tragédia, o pensamento filosófico estava plenamente estabelecido e a tragédia não tinha mais lugar. Os principais tragediógrafos dessa época foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides.
Nos anfiteatros ao ar livre, perante os quais se representavam as tragédias, cabia praticamente a totalidade dos cidadãos de Atenas, incluindo os mais pobres, a quem eram pagas as entradas. O Estado instituiu também concursos públicos, em que se premiava o autor da melhor tetralogia, constituída por uma trilogia trágica (três tragédias) e um drama satírico.
O gênero trágico ressurgiu na Inglaterra nos séculos XVI e XVII, com autores como Christopher Marlowe, que conferiu caráter heróico aos personagens, e Shakespeare, que expressou a sua visão da capacidade