Tradução Silence - Edgar Allan Poe

1138 palavras 5 páginas
Silêncio

"Escute." Disse o demônio colocando a mão sobre a minha cabeça.

"A região sobre a qual eu falo, é uma região sombria da Líbia, às margens do rio Zaire. Lá não há sossego, nem silêncio."

"As águas do rio são de um amarelo pálido, não desembocam para o mar, mas balançam sempre em movimentos tumultuosos e convulsivos debaixo da luz ardente do sol. Por vários quilômetros ao redor do leito lamacento do rio se estende um leito pálido de gigantes nenúfares. Eles suspiram um para o outro na solidão, com seus pescoços longos e medonhos erguidos para o céu balançando para lá e para cá. Há um murmúrio indistinto que vem do meio deles, além de seus suspiros, como o barulho de água subterrânea."

"A fronteira deste reino, é a escuridão e o horror da floresta eminente. Como a oscilação por cima das rochas, a vegetação rasteira se agita constantemente, mas não há vento no céu. As árvores altas e primitivas balançam para cá e para lá gerando um poderoso som, do alto de seus cumes, caem orvalhos eternos, um por um. Em suas raízes, estranhas flores venenosas se contorcem como em um sono perturbado. Logo acima, há ruídos altos das nuvens cinzas que se apressam para o oeste até derramarem uma catarata pelo horizonte. Mas não há vento no céu. E às margens do rio Zaire não há sossego nem silêncio."

"Era noite, a chuva caia, ao cair, era chuva, mas após cair, era sangue. Eu fiquei lá enquanto a chuva caia sobre minha cabeça - e os nenúfares suspirando uns aos outros em sua sublime desolação."

"E de repente, a lua surgiu por através da neblina sinistra, de cor avermelhada. Meus olhos encontraram uma rocha enorme, cinza, que se encontrava as margens do rio e era iluminada pela luz da lua. A rocha era sinistra, alta e cinza. Nela havia algo gravado, eu andei por entre os nenúfares tentando me aproximar para poder ler o que estava escrito, mas não consegui decifrar, estava voltando quando a lua brilhou mais intensamente, me virei e olhei novamente para a rocha,

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