Trabalhosfeitos
Aristóteles considera a escravidão algo natural, tendo como pressuposto que existem aqueles que nasceram para comandar e aqueles que nasceram para serem comandados “Quem pode usar o seu espírito para prever é naturalmente um comandante e naturalmente um senhor, e quem pode usar o seu corpo para prover é comandado e naturalmente escravo; o senhor e o escravo tem o mesmo interesse.”
Para Aristóteles a família em sua forma perfeita se compõe de: “ escravos e pessoas livres […] Sendo elementos primários e mais simples de uma família o senhor e o escravo, o marido e a mulher, o pai e os filhos.”
Logo em seguida encontramos uma discussão sobre o exercício da autoridade: “Alguns estudiosos opinam que o exercício da autoridade do senhor é uma ciência , e que a função do chefe de família , a do senhor, a do estadista e do rei são as mesmo coisa […] outros afirmam que a autoridade do senhor sobre os escravos é contrária à natureza, e que a distinção entre escravos e pessoa livre é feita somente pelas leis, e não pela natureza, e que por ser baseada na força tal distinção é injusta.”
Aristóteles compara o escravo a um bem[1] vivo, um instrumento que aciona outro instrumento, sendo auxiliar em relação aos instrumentos de ação. Podemos encontrar a idéia de “bens” expressa no seguinte fragmento: “…o senhor é unicamente o senhor do escravo, e não lhe pertence, enquanto o escravo é não somente o escravo do senhor, mas lhe pertence inteiramente.” Um escravo é aquele que “pertence por natureza não a si mesmo, mas a outra pessoa.” Logo em seguida encontramos a declaração de que mandar e obedecer são condições inevitáveis e convenientes. Considerando que sempre haverá aquele que manda e aquele que obedece. Mandar em seres “superiores” é sempre melhor do que mandar em seres “inferiores”: “…mandar num ser humano é melhor que mandar num animal selvagem”.
Para Aristóteles: “o animal é constituído de alma e corpo […] (onde) a alma é