Trabalhos
Ikujiro Nonaka
Numa economia onde a única certeza é a incerteza, apenas o conhecimento é fonte segura de vantagem competitiva. Quando os mercados mudam, as tecnologias proliferam, os concorrentes se multiplicam e os produtos se tornam obsoletos quase da noite para o dia, as empresa de sucesso são aquelas que, criam novos conhecimentos e rapidamente os incorporam em novas tecnologias e produtos. Essas atividades caracterizam a empresa “criadora de conhecimento”, cujo negócio exclusivo é a inovação continua. Contudo, poucos gerentes apreendem a verdadeira natureza da empresa criadora de conhecimento – e muito menos sabem como gerencia-la.
De acordo com a visão da organização como máquina de “processamento de informação”, o único conhecimento útil é formal e sistemático – dados duros (quantificáveis), procedimentos codificados, princípios universais. E os principais critérios para mensuração do valor dos novos conhecimentos são igualmente duros e quantificáveis – maior eficiência, menores custos, melhor retorno sobre o investimento.
Há outra maneira de raciocinar sobre o conhecimento e seu papel nas organizações empresariais. Ele é encontrado com mais frequência em competidores japoneses altamente bem sucedidos, como Honda, Canon, Matsushita, NEC, Sharp e Kao. O segredo de sucesso dessas organizações é a abordagem ímpar no gerenciamento da criação de novos conhecimentos.
Para os gerentes ocidentais, os métodos japoneses geralmente parecem estranhos e até mesmo incompreensíveis, como por exemplo, slogans obscuros que pareceriam tolos para um gerente ocidental – talvez adequado a uma campanha de propaganda, mas certamente impróprios para dirigir uma empresa – são, de fato, ferramentas altamente eficazes para a criação de novos conhecimentos. Os executivos dessas empresas japonesas estão gerenciando a serendipitia ( Fazer descobertas desejáveis por acaso), em beneficio da organização, dos empregados e dos clientes.
O elemento