Trabalhos
Ostreicultura
O cultivo de ostras vem de muitos séculos. Os países asiáticos, como China, Tailândia e Japão, deram partida no desenvolvimento dos cultivos das espécies marinhas e, além de suprir o mercado interno asiático, realizam exportações para a Itália, Alemanha, Estados Unidos, França, Inglaterra. As técnicas avançadas vêm sendo desenvolvidas nesses países, onde a ostreicultura é muito comum, tornando-se uma atividade lucrativa.
Na década de 1970, tiveram início as pesquisas com ostras em diversas partes do Brasil. Essa atividade teve grande expansão, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.
A ostreicultura foi vista como uma alternativa de renda que pode ser realizada em seu lugar ou paralela à pesca nos períodos de defeso e baixa produção pesqueira. Isso porque é de baixo custo, além de minimizar problemas do setor pesqueiro e atuar como fator preponderante na preservação ambiental. É importante ressaltar a participação da família dos pescadores nas atividades de manutenção, gerando uma fonte complementar de renda.
Nos últimos cinco anos, a Aquicultura brasileira vem apresentando taxas de cresci- mento anuais médias superiores a 22%. Alguns setores, como o da ostreicultura, chegaram a ampliar suas produções em mais de 50% de 2000 para 2001. Das 150.000 toneladas de pescado produzidas no país em 2000, 2.000 toneladas foram de ostras das espécies Crassostrea gigas e Crassostrea rhizophorae.
No Brasil, o cultivo de moluscos marinhos, através da produção de ostras e mexilhões, possui maior representatividade em relação às outras espécies cultivadas no mar, sendo os principais produtores Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Dentre estes, o Estado de Santa Catarina é o líder nacional. Esses estados se destacam por apresentar condições oceanográficas favoráveis ao cultivo daqueles moluscos, tais como inúmeras áreas protegidas, compostas por estuários, baías e enseadas. Estas duas últimas são propícias à instalação de