Trabalhos
Jerusa Maria Figueredo Netto
A expressão "Fazer Amor” nasce no existencialismo francês, Françoise Sagan uma das primeiras pessoas a utilizá-la. Atualmente seu uso foi totalmente popularizado, sem, na maioria das vezes, haver, uma compreensão do seu significado, profundo, servindo apenas como sinônimo de coito, ato sexual; dever matrimonial, etc. ou seja, |de forma totalmente desvirtualizada.
Inicialmente, vamos tentar compreender o que não é fazer amor, ou seja, o que é coito, ato sexual, dever matrimonial, etc. Para tanto vamos começar analisando o nosso processo educacional a nível global e, especificamente, a nível sexual.
Somos filhos do uma sociedade positivista, onde os valores básicos se constitui em conhecimento cientifico, a técnica, a utilidade, a eficácia, a produtividade, o lucro a segurança, a rapidez; etc. Traduzindo tudo isso em termos existenciais práticos, somos apressados, não sabemos o que é ter calma, queremos receitas que nos deem respostas rápidas, buscamos a segurança imediatista, todas as nossas normas são negativas (não deve, não faça...), não há tempo para pensar, observar, sentir, nem só esperar de nós isto, mas sim que executemos com rapidez, limpeza e eficácia, o que é medida quantitativamente pelo produto, espera-se de nós, inclusive, a nível da infância, que sejamos adultos sérios, e isto significa ser disciplinado, ordeiro, produtivo... Não é â toa, que a doença mãe do século seja o stress, procriadora de enfermidades, que enchem clínicas médicas e psicológicas desde o enfarte à depressão. Enfim, vivemos no mundo do controle, da tensão, do materialismo, do capital que se sintetiza em desumanização.
Uma das consequências mais diretas de tudo, isto encontra-se no nível relacional, conosco e com os demais. Assim sendo, perdemos muito da nossa sensibilização, em nível do paladar, tato, visão olfato. Não há tempo, o importante é fazer o que nos mandam o mais rápido possível. Deixamos de ser seres