Trabalhos
Os grandes pensadores do séc. XVII, que podemos considerar como revolucionários e inovadores, por exemplo: Bacon e Descartes, jamais se autodenominaram “modernos” embora adotassem e defendessem em grande parte, ideias associadas à modernidade.
Hegel foi o pioneiro na elaboração da história da filosofia, entendendo a questão central para a filosofia e não apenas questões do passado, tais como crônica ou relato, histórico das doutrinas, correntes ou “seitas” do passado. Na obra “Lições de história da filosofia” que Hegel estabelece a divisão temporal estabelecida até hoje dividido em três períodos: O antigo, o medieval e “filosofia dos tempos modernos”. Uma terceira origem importante da noção de moderno é o famoso conflito dos antigos e dos modernos que agitou os meios literários franceses nas últimas décadas do séc. XVII.
A etimologia de “moderno” parece ser o advérbio latino “modo”, que significa “agora mesmo”, “neste instante”, “no momento”, designado o que nos é contemporâneo, e é este o sentido que “moderno” capta, opondo-se ao que é anterior e traçando uma linha ou divisão entre os períodos.
O importante é saber como se estabelece a identidade do período moderno e como se configura o próprio conceito de modernidade, o uso do termo “moderno” antecede bastante o período que começa no séc. XVII. Duas noções fundamentais estão diretamente relacionadas ao moderno: a ideia de progresso, que faz com que o novo seja considerado melhor ou mais avançado do que o antigo, e a valorização do individuo ou da subjetividade, como lugar da certeza e da verdade.
Três fatores históricos principais podem ser atribuídos à origem da filosofia moderna: o humanismo renascentista do séc. XV, a reforma protestante do séc. XVI e a revolução científica do