Um pouquinho sobre Previdência Privada Esta pequena crônica, não visa a análise da legislação sobre previdência privada, ou seu contraste com a nossa previdência pública. Nem tem pretensões doutrinárias ou filosóficas. Surgiu de uma conversa que tive com um advogado mais jovem da banca, que buscou comigo alguns conselhos nada jurídicos sobre sua vida financeira. No início da casa dos trinta anos, casado com uma médica, o jovem casal espera ansioso pelo nascimento de gêmeas, que ocorrerá em agosto. Por interesse deles próprios e também do nosso Escritório, mudaram de Campinas para São Paulo. Estão muito felizes, mas a vida até agora de muitas viagens, badalações e consumo despreocupado, justamente os tem preocupado. Empurrei para o canto meu lap top, puxei uma folha de papel, e disse: vamos escrever aqui o seu ativo e seu passivo, o que entra e o que sai todo mês. Diga lá, Quanto você recebe em média, quanto sua esposa recebe, quanto receberá no período de afastamento, tem outras rendas, paga aluguel, parcelas de financiamento, quanto tem aplicado, onde, tem previdência privada? etc, etc? Esperava que o rapaz fosse embora, pois ninguém agüenta tanta “perguntação”; mas o tal permaneceu “tal e qual”, e ainda com cara de compenetrado, e foi escrevendo e perguntando: Isso entra? Isso entra? E ligando para a esposa...... Ao final, apesar do padrão de consumo de moderado a elevado, o que não é pecado e é típico de um casal de jovens bem posicionados, e seria até estranho ser diferente neste mundo em que vivemos, a situação não era tão ruim. Apartamento próprio de muito bom nível. Dois bons carros praticamente zero Km, um deles apenas com financiamento residual. Bom nível de rendimentos com tendência crescente e constante. Seguros de saúde e de vida e outras prevenções de risco. Somente a poupança estava ruim. Realmente, para quem espera gêmeas e reside em São Paulo, em bairro de classe média alta, a poupança poderia ser melhor, mas nada é perfeito. Aconselhei a venda da