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Sexo: ontem e hoje
Quando falamos de sexo quero ir mais além. Quero ir a Rapunzel e suas tranças; aos grandes amores do passado, onde virgens e cortesãs, cada uma a seu modo, amaram e deixaram seus nomes na história. Quem não se emocionou com os fins trágicos de Romeu e Julieta cujo único crime foi se levarem pelo amor, pois nem mesmo haviam se entregue a paixão. Quem não torceu por Marguerite em a Dama das Camélias, que mesmo sendo uma cortesã famosa largou tudo pelo seu amor e forçada pelo seu “terrível” passado, desde que não mais poderia se entregar a sua paixão deixou-se levar para a morte. Ou ainda falar da saudade que muitos têm da aurora de sua vida. Ou quem sabe outra maneira seria lembrarmos-nos da música do RC que fala na saudade dos tempos da jovem guarda, do namoro no portão e do tempo que os jovens ainda pagavam o lanche das meninas.
O desconhecimento do prazer, a necessidade até mesmo de dissimulação por parte das garotas, levaram-nas a obterem um certo respeito por parte dos rapazes. Tanto que, o namoro entre os anos 30 e 50 continuaram sob supervisão, ou seja, na sala da casa da menina e sob olhares atentos. Jovens eram levados a casamentos em delegacias se, aflorados pelo sexo fizessem mal a uma donzela, como eram chamadas as virgens da época. Aos poucos se passou ao namoro no portão e aos tão lembrados amassos, com gritinhos e rubores de prazeres pelas moças.
Depois de 60 chega mais liberdade, anticoncepcional e as mulheres que passam a lutar pelo direito de igualdade com os homens. Mesmo assim, o papai e mamãe era o certo para os casais honestos, casados e solteiros. Mesmo com o surgimento da camisinha, a partir dos anos 80 surge a AIDS e ao invés de se manter o namoro no portão e o noivado para o casamento, o romantismo é trocado pela sexualidade e torna-se o último item a ser desejado pelos amantes, pois a namoradinha passou a querer ter os meus direitos dos