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A educação Jesuíta no Brasil Colônia
Para entendermos a educação naquele contexto, devemos levar em conta o modo como se constituiu o sistema social, quando, tanto em Portugal como em suas colônias, todas as decisões de caráter religioso dependiam do Rei em virtude do instituto do ‘Padroado’ que conferia ao monarca o lugar de chefe da Igreja. O direito do Padroado identificou-se com os ‘direitos’ de conquista, determinando o caráter evangelizador e colonizador do Brasil e direcionando o modelo cultural e educacional. Logo, como parte mais importante daquela sociedade, obrigando, punindo, doutrinando e educando, estiveram, sempre, agentes da religião católica, permeando todas as camadas sociais, infiltrando-se na vida material e espiritual do povo, de forma obrigatória e com justificativas legais, políticas e espirituais. O Brasil estava apenas nos seus primeiros cinquenta anos de descobrimento oficial, quando um grupo de homens com uma nobre missão chegou, eram os jesuítas. Uma das primeiras ações por eles desenvolvidas foi à adaptação em uma terra muito mais selvagem a qual estavam acostumados e a necessidade em aprender a língua dos índios. Missão difícil. Mas sabiam eles que para os índios aprenderem os ensinamentos bíblicos e a fé católica através da catequese, e convertê-los a fé cristã, primeiro os índios deveriam aprender a ler e escrever, que era outra missão difícil e houve implantação pelos jesuítas de métodos pedagógicos. Os índios aprenderam instrumentos musicais, cantos de “hinos” da igreja em latim, e criou-se uma língua geral para favorecer a comunicação. Essa aculturação, ou seja, a retirada de uma cultura para se implantar outra, foi branda para que o controle fosse maior e mais fácil sobre os índios.
Uma conquista sem precedentes a esta população nativa, pois eles aprendiam nos cursos primários a Gramática Latina, Humanidades, Retórica e filosofia. Já nos cursos secundários estudava a Lógica, Metafísica, Moral, Matemática, Ciências Físicas e