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Neste artigo, pretende-se desmistificar a origem e aplicação do termo a fim de ampliar a capacidade de aglutinar conhecimentos específicos sobre o tema, de modo que o leitor seja capaz de desenvolver seu entendimento de modo livre a partir de dados científicos e acadêmicos.
Partiremos da convenção de que a tradução mais aceita para a palavra “Design” é o termo “Desenho Industrial”, considerando os postulados estéticos de Kant e as análises dos empiristas ingleses sobre a beleza e a funcionalidade (DORFLES, 2002), endossados pela nomenclatura atribuída aos cursos de formação de nível superior pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) no Brasil desde o tempo da ESDIRJ até os dias de hoje.
A ICSDI (Internacional Council of Societies of Industrial Design), entidade fundada em 1957, em Paris, que reúne sociedades e associações profissionais em todo o mundo, dedicadas a promover o desenvolvimento da sociedade industrial, discrimina o termo Desenho Industrial como vemos no texto a seguir: "Desenho Industrial é uma atividade no extenso campo da inovação tecnológica, uma disciplina envolvida nos processos de desenvolvimento de produtos, ligada a questões de uso, produção, mercado, utilidade e qualidade formal ou estética dos produtos". (ICSDI apud CUNHA, 2000) Segundo o autor italiano Gillo Dorfles, o Design surgiu como o que conhecemos hoje por Desenho Industrial a partir da Revolução Industrial, a partir da necessidade de produção para suprir a demanda dos grandes centros urbanos em expansão. O surgimento foi alavancado com invenções como a máquina a vapor de James Watt em 1776 e o tear mecânico de Edmond Cartwright em 1785, que possibilitariam a produção em série. Segundo o mesmo autor, desde o início, o