Trabalhos
Fernão de Magalhães foi um navegador português. Este iniciou uma circum-navegação. Passou pelo estreito, hoje conhecido como Estreito de Magalhães, onde perdurou durante algum tempo. Navegou pelo Oceano Pacifico, e durante toda a viagem perdeu uma boa parte da sua tripulação, assistiu a revoltas dos marinheiros, a naufrágios de três dos seus navios. Passou por fome, sede, e doenças como o escorbuto. Quando chegou às Filipinas- Cebu- Fernão de Magalhães iniciou trocas comerciais e foi muito bem recebido e acolhido pelo chefe local.
Este por sua vez, andava em guerra com o chefe local de Mactan, e foi ao ajudá-lo numa batalha que Fernão de Magalhães perdeu a vida.
Este poema, de Fernando Pessoa, incide não nos feitos propriamente ditos de Fernão de Magalhães, mas sim na sua morte.
Para entendermos melhor este poema, é necessário saber que os assassinos de Magalhães foram os Nativos de Mactan, durante uma batalha.
Na primeira estrofe do poema, podemos concretizar a ideia de um ritual, feito pelos nativos, festejando a morte do marinheiro. As referências à “Fogueira” e à “Dança” destes nativos, remeteram-me para a presença dos nativos e a festa realizada pelos mesmos, respectivamente.
Esta primeira estrofe é bastante descritiva, apresentando uma caracterização de todo o ritual e festejo dos nativos, e do local onde se passa o ritual (um vale).
Na segunda estrofe Fernando Pessoa refere-se aos nativos como “Titãs”. Estes eram seres míticos, considerados selvagens. Refere-se novamente à dança, e ao ritual em “honra” da morte de um marinheiro que merecia ser glorificado!
Nesta estrofe, Fernão de Magalhães é caracterizado como o “Primeiros” dos homens, que se cingia, protegia e pretendia ser leal àquele que o acolheu naquelas terras (Cebu). Fernão de Magalhães é situado no último verso, “Na praia, ao longe, sepultado”.
Na terceira estrofe, volta-se a fazer referência ao festejo após a morte de Fernão de Magalhães, por parte