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A microeconomia reducionista adere o conceito individualimo metodologico ,orienta-se pelo propósito de aprender a complexidade do social por meio de um esquema explicativo que se conforma à exposição dedutiva. Em consequência ela se esmera para obedecer, com a maior exatidão possível, aos princípios da lógica clássica.
Disso decorre que as totalidades sociais vêm a ser sempre concebidas como agregados ou conjuntos de indivíduos considerados, eles mesmos, como átomos sociais. Ademais, nessa perspectiva, as totalidades sociais como tais não podem influir ou atuar sobre os indivíduos: estes figuram na análise como fontes de ação e de decisão independentes mesmo se são firmas, sindicatos ou países.
Os indivíduos que compõe a sociedade, por assim dizer, permanecem isolados das determinações vindas da sociedade.
Microeconomia sistemica A microeconomia sistêmica é sustentada por um estudo do ser social que admite a existência de todos formados por indivíduos interligados por estruturas sociais objetivas – sem supor, entretanto, que esse “todo” seja realidade transcendente aos seus membros. Os todos e as partes não são opostos de modo absoluto nessa microeconomia. Eis que as interações são agora concebidas como expressões de relações sociais, as quais não são meras conexões externas, mas relações que constituem em parte os próprios agentes sociais como tais, produzindo, ao mesmo tempo, a própria realidade sistêmica com características intrínsecas e particulares.
Os todos sociais, ademais, caracterizam-se também por serem complexos, pois são formados por elementos heterogêneos que se interligam de forma heterogênea, com elevadíssima multiplicidade. A concepção de economia como sistema implica supor, por isso, que os funcionamentos econômicos não são transparentes para os agentes, ou seja, que estes últimos são parcialmente cegos aos eventos macrossociais.