Trabalhos
Segundo Marshall existe um tipo de experiência vital — experiência de tempo e espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e perigos da vida — que é compartilhada por homens e mulheres em todo o mundo, hoje. Designarei esse conjunto de experiências como “modernidade”. Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor — mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. Ser moderno é fazer parte de um universo no qual, como disse Marx, “tudo o que é sólido desmancha no ar” (p.24).
As pessoas sentem-se como as primeiras, e talvez as últimas, a passar por isso. Embora possam entender a modernidade como uma ameaça a sua história e tradições, a modernidade desenvolveu uma história e tradições próprias.
O turbilhão da vida moderna tem sido alimentado, diz o autor, por grandes descobertas nas ciências físicas, pela industrialização da produção, que acelera o ritmo de vida, por explosões demográficas, pelo crescimento urbano, pelos sistemas de comunicação de massa, por Estados nacionais cada vez mais poderosos, que lutam para expandir seu poder e por um mercado capitalista mundial drasticamente flutuante. Esses processos compõem a “modernização” (p. 25).
Marshall Berman divide a história da modernidade em três fases: “A primeira fase começa no inicio do século XVI até o fim do século XVIII, as pessoas estão começando a experimentar a vida moderna - sem saber direito o que as atingiu. Elas tateiam, desesperadamente mas em estado de semicegueira no encalço de um vocabulário adequado, têm pouco ou nenhum sendo publico ou comunidade moderna, dentro do qual seus julgamentos e esperanças pudessem ser compartilhados”(p.25).
“A segunda fase começa com a