Retrato nordestino: a relação entre Gonzagão e Gonzaguinha
O filme inicia-se com repetente. Discos com a voz mesmo de Gonzaga, são utilizados e a cidade de origem, Exu, também é mostrada. Termo forrobodó, pobreza e preconceito, primeiro convite para tocar em forró foram destacados. Gonzaga aparece tocando com o pai, Januário. O Rei do Baião tinha o papel de cantar para o povo e era onde ele ficava mais a vontade e satisfeito. Parceria com Humberto Teixeira, que escrevia as composições de Luiz.
Mas quem pesquisa forró, ficou com algumas dúvidas: o maior símbolo que representa Luiz Gonzaga é a sanfona branca, por que não contaram a história dela no filme? Por que é mostrado de forma muito pequena a relação de Gonzaga com Gonzaguinha? O roteiro deixou a desejar e muito. Mas trilha sonora, fotografia e a interpretação dos atores, foram bem proveitosas. Chambinho do Acordeon, que interpretou Luiz Gonzaga, foi escolhido entre cinco mil candidatos. O sanfoneiro escuta forró desde pequeno, por causa da influência dos pais “Todo final de semana meu pai chamava uns amigos, fazia um churrasquinho e colocava o vinil do Gonzaga. Quando comecei a tocar, não havia mercado para o forró, mas com o tempo, surgiram bandas como o Falamansa e consegui assumir meu estilo”, afirmou.
Chambinho acredita que é muito importante para o cinema nacional ter um filme que retrate Luiz Gonzaga, pois assim é possível despertar toda uma nação para assistir e viver as grandes emoções que o filme traz. Para ser o protagonista, não foi uma tarefa fácil “Minha esposa me inscreveu para a seleção. Foram cinco mil inscritos. Fiz o primeiro teste no rio de Janeiro, meio no susto, sem me preparar, de um dia para o outro. Ali começou uma