TRABALHOS
O Auto da Compadecida é obra do teatro moderno escrita no início da segunda metade do século XX, por Ariano Suassuna. O texto dramático, de 1955 – um marco na literatura nacional e na cultura popular faz uma analogia com o espaço nordestino, representado por pequenas cidades, onde a única construção de destaque é a igreja.
O texto de Suassuna foi construído baseado na literatura de cordel, importante manifestação da cultura popular nordestina.
A misericórdia em A Compadecida concretiza a religiosidade existente no texto, pois o catolicismo é a religião predominante no sertão do nordeste.
Portanto, o presente trabalho pretende discorrer sobre o regionalismo, a cultura popular e a religiosidade, envoltos na dramaturgia de Ariano Suassuna, que fazem parte da história do teatro brasileiro.
A região nordestina aparece diretamente ligada ao passado Medieval, pois Durval Muniz diz que a linguagem ibérica é nítida na obra de Ariano Suassuna. “Toda a sua obra está marcada por essa visão populista, em que o povo ao mesmo tempo em que expõe as misérias e injustiças que sofre, o faz denunciando a modernização do sertão, a sociedade capitalista.”
Na obra de Suassuna, o Nordeste é uma região feudal, é um pedaço incerto entre Deus e o Diabo.
A tradição nordestina, junto ao caráter medieval e popular, está retratada por Ariano em um trabalho ficcional que busca denunciar as injustiças e também o capitalismo no sertão.
O texto dramático o Auto da Compadecida possui uma “saborosa linguagem e renovada comicidade”. Para concretizar o gênero cômico da peça teatral,
Ariano inicia esta obra com a personagem Palhaço que aos poucos vai explicitando a obra.
A piedade, a compaixão e o perdão concedido por bondade a misericórdia – são explicitamente alimentados pela crença em Nossa Senhora. O catolicismo é a religião predominante do sertão nordestino, governando assim a fé de inúmeros fiéis. O padre, o bispo e