Trabalhos
É sobre o que discorre a Dra. Milla Chiovatto no texto a seguir.
Mediar é estar entre, no meio, o que poderia ser entendido como uma barreira, afastando pólos, colocando-os em extremos opostos - incomunicáveis, inconciliáveis.
A proposta de mediação, entretanto, é exatamente oposta.
É estando no meio que se pode, mais facilmente, perceber as necessidades dos polos e interceder no sentido de garantir um equilíbrio, uma conciliação. E como fazem os mediadores para chegar ao resultado satisfatório a todos? Consideram todas as necessidades e as respondem; exploram e aprofundam cada descoberta, garantindo-lhes sentido; e articulam todos esses aspectos segundo as especificidades da situação. Estar entre - como propomos aqui - não é permanecer inerte, impermeável, ou seja, ser apenas “ponte” que interliga extremos, mas é interagir com as demandas dos extremos e outras tantas, construindo um todo significativo. (CHIOVATTO, Milla.)
No caso da mediação em escolas, o arte-educador vai servir como facilitador entre os conteúdos elencados pelos Projetos Curriculares de cada instituição e o aluno.
Este papel se reveste de mais importância se recordarmos que a maior parte da população brasileira não visita museus de arte com frequência, não é assíduo leitor de textos críticos de arte, e poucas oportunidades tem de acessar manifestações artísticas em geral. Se recordarmos que o aprendizado em arte não acontece ‘naturalmente’, mas que depende de complexos processos mentais, se realizarmos que a linguagem da