Trabalhos
A sociedade atual, denominada por muitos como sociedade do conhecimento, sociedade da informação, sociedade do saber e outros adjetivos, baseia-se na rapidez e facilidade com que as informações são disponibilizadas, em função do desenvolvimento dos recursos tecnológicos e meios comunicacionais. Trata-se de um fenômeno global, com elevado potencial transformador das atividades sociais, políticas e econômicas, capazes de promover a integração entre pessoas, programas e projetos em diversos níveis.
No entanto, entramos no século XXI com um paradoxo, pois profundas desigualdades sociais existentes entre países e pessoas, acentuada pela emergência de uma nova ordem internacional - a globalização econômica, vem desvelando uma crise estrutural do sistema capitalista, trazendo, como conseqüência uma elevação no índice de desemprego e a perda dos direitos sociais. Por outro lado, o mercado de trabalho está exigindo uma mão de obra altamente preparada e flexível. Associadas ainda a esse fato, as mudanças tecnológicas fazem com que grande parte das qualificações exigidas para o mercado de trabalho se tornem rapidamente obsoletas, diante dos aparatos de informação que operam em tempo real.
Percebe-se que existe um descompasso entre o ritmo de desenvolvimento tecnológico e a movimentação teórica, científica e institucional na área da educação. Alheia a esse processo, a escola, principalmente a pública, vive uma profunda crise, que a torna ineficiente na sua função principal - a de sistematizar e de mediar o conhecimento científico, garantindo a construção de significados, a dotação de sentido, a compreensão das informações e a apreensão do conhecimento.
Esse fato fica evidente se analisarmos que das 184 mil escolas públicas do Brasil, apenas 19% possui computador, cerca de 35 mil escolas. Destas, só 16% (5.600) acessam a Internet. Das 34 mil escolas privadas, cerca de 66% possuem computador. Segundo dados do MEC, a média de alunos por computador