1.4- O Adolescente e a Religião O fator religioso tem acompanhado o ser humano ao longo de sua história, e as diversas manifestações culturais, trazem a mescla da religiosidade, expressas em seus símbolos místicos e religiosos. Na adolescência, esse fenômeno humano manifesta-se em situações extremas. Segundo Knobel, o adolescente manifesta uma série de posicionamentos religiosos, passando por períodos de místicos ou períodos de um ateísmo absoluto: A preocupação metafísica emerge então com grande intensidade, a as tão freqüentes crises religiosas não são um mero reflexo caprichoso do místico, como às vezes costumam aparecer aos olhos dos adultos, mas tentativas de soluções de angustia que vive o ego na sua busca de identificações positivas e do confronto com o fenômeno da morte definitiva de uma parte do ego corporal. (in op. citada, p 40) O adolescente busca um Deus pessoal com capacidade de amar , compreender, solidário e que aceite o ser humano como tal. Pois o sentimento religioso desenvolve-se num processo complexo de interação de fatores mentais, emocionais, físicos, sociais e fisiológicos que podem ser facilitados ou dificultados nesse momento da vida do jovem, conduzindo-o à uma atitude de rejeição ou adaptação impositiva, dependendo da relação familiar. O adolescente torna-se intelectualmente capaz de questionar o mundo adulto, seu sistema de valores, tentando encontrar respostas para suas próprias preocupações religiosas, podendo passar de um tipo de consciência moral autoritária para um tipo humanista de valores morais segundo o qual ele tem a liberdade subjetiva de procurar seus objetivos éticos e morais, quando encontra segurança na relação e orientação dos pais, um modelo de conduta ética, moral e difusão de valores espirituais que o ajudam compreender as relações dos diferentes aspectos do