Resenha de doação de sangue
Tudo começa em um Banco de Sangue com a doação, pois o serviço de hemoterapia é o local onde ocorre a coleta, o armazenamento, processamento, fracionamento e aplicação do sangue. O trabalho da Hemoterapia é regido por normas legais e técnicas cada vez mais rigorosas, explica o hematologista e diretor do banco de sangue do Hospital Ernesto Dornelles em Porto Alegre, Carlos Roberto Bailon: "no Brasil, temos constante fiscalização do Ministério da Saúde".
Os bancos de sangue procuram a maior semelhança possível do material doado através da compatibilização dos grupos sanguíneos. Outra parte, igualmente importante, é a qualidade sorológica (sorologia do sangue é a pesquisa através de exames laboratoriais de doenças passíveis de serem transmitidas pelo sangue). Os exames buscam detectar doença de chagas, sífilis, AIDS, Hepatite B e C, malária.
O melhor tipo de doação é aquela feita pela própria pessoa quando programa fazer algum evento cirúrgico e deixa em estoque para alguma necessidade. O sangue que salva a vida é aquele que está na geladeira do hemocentro, examinado, classificado, preparado, pronto para o uso. Principalmente em urgências não adianta ter sangue disponível na veia, pois são necessários de dois ou três dias para ver os resultados dos exames do sangue doado antes dele estar apto para transfusões. Freqüentemente os bancos de sangue se deparam com geladeiras com estoques críticos, às vezes vazios, sendo obrigados a suspender cirurgias, a transferir outras e, ainda, "ficar rezando para que não ocorra uma emergência com uma pessoa em situação crítica" comenta o Dr. Bailon. Se cada pessoa respondesse aos apelos seguidamente feitos pelos hemocentros, essa situação seria mais tranqüila. Os homens podem doar a cada sessenta dias e as mulheres podem doar a cada noventa