Trabalhos feitos
Padrões de beleza e estética são diferentes ao redor do mundo e as mulheres acabam sendo as maiores vítimas. Aqui no Ocidente, o padrão esperado é o da magreza – modelos são sempre magras nas passarelas e nas revistas; a mídia tenta o tempo inteiro nos ensinar uma última dieta do “Projeto Verão”; mulheres acima do peso ainda sofrem preconceitos em áreas improváveis, como na hora de arranjar emprego, por exemplo.
Mas essa não é a realidade do mundo todo. Na província Africana Mauritania, quilos significam beleza. Como não há escolas, as mães forçam as meninas a ganharem peso, porque só assim acreditam que elas irão conseguir arrumar um marido pois, segundo a cultura deles, o tamanho de uma mulher indica o espaço que ela ocupará no coração do seu marido. Para isso, elas são enviadas algumas vezes por ano a o que eles chamam de “fat camp” (algo como, “campo da engorda”), umas fazendas na quais mulheres mais velhas administram a dieta de engorda. Crianças com 5 anos de idade já começam a ser submetidas a essa tradição. Em média, crianças de 5 até 9 anos, são forçadas a tomar em média 20 litros de leite de camelo por dia, muitas vezes misturado com açúcar ou manteiga. O consumo calórico das crianças chega até 16 mil calorias.
As crianças não podem dizer não. Elas são forçadas a tomar leite, mesmo que vomitem tudo. Se se recusarem, são submetidas a métodos de tortura. Para controlar a ânsia de vômito, as mulheres apertam os dedos dos pés ou das mãos delas com pauzinhos de madeira para que a dor faça com que elas se esqueçam do enjôo. Muitas meninas têm os dedos quebrados nessa prática.
Quando bem sucedido, o processo de engorda faz com que uma criança de 12 anos de idade chegue aos 80kg. Com 15 anos, elas têm aparência de 30. Essa tradição começou há anos atrás, quando acreditava-se que quanto mais rico o marido, menos a sua mulher deveria trabalhar – o ideal é que ela ficasse sem fazer nada o