Trabalho
DIAGRAMAS TENSÃO DEFORMAÇÃO DE CÁLCULO - ELU DIAGRAMA TENSÃO DEFORMAÇÃO DO CONCRETO
Conforme visto na Figura 1.3b, os diagramas tensão deformação do concreto variam de acordo com suas resistências. A ABNT NBR 6118 ignora tal fato e permite que se adote um único diagrama, independente da resistência do concreto. Define o item 8.2.10.1 que o diagrama tensão-deformação à compressão, a ser usado no cálculo, será o diagrama mostrado na Figura 4.1, onde o trecho curvo corresponde a uma parábola do segundo grau, a tensão limite do concreto é fixada em 0,85 fcd e o limite de encurtamento do concreto é definido como sendo 3,5‰.
Figura 4.1: Diagrama tensão deformação idealizado do concreto, NBR 6118.
O valor máximo de c é tomado igual a 0,85 fcd devido a três fatores: Efeito Rüsch, que considera a variação da resistência do concreto em função das velocidades de carregamento (Figura 4.2); Ganho de resistência do concreto ao longo do tempo; Influência da forma cilíndrica do corpo de prova.
O efeito Rüsch é mostrado na Figura 4.2, onde, para diferentes velocidades de carregamento, o concreto apresenta diferentes formas da curva tensão-deformação. Para durações maiores do tempo de carregamento, a tensão de ruptura c tende para valores próximos de 80% da resistência correspondente ao carregamento de curta duração (fc).
Figura 4.2: Efeito Rüsch.
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Deve ser levado em conta que as cargas permanentes nas estruturas são geralmente aplicadas rapidamente, mantendo-se constante ao longo do tempo de tal forma a permitir o desenvolvimento do fenômeno da fluência (item 1.4.10.1). Assim, se o nível de tensão inicial for superior à resistência de longo prazo (ponto A da Figura 4.2) poderá, após certo tempo, ocorrer o colapso do elemento estrutural por ter sido atingido o limite de ruptura (ponto B da Figura 4.2). Por outro lado, se o nível de tensão inicial for inferior à resistência de longo prazo (ponto C da Figura 4.2) não haverá ruptura, mesmo com