Museus e sociedade mario moutinho
Rio de Janeiro, 15 de maio de 2013 O livro aborda um tema que vem sido explorado mais intensamente pela Museologia nas últimas décadas: a função social de um museu na sociedade atual. O primeiro capítulo aborda a descrição de uma coleção e como a mesma é apresentada para o público num museu, que atualmente é apresentada ao receptor por meio de vários adornos como: obras suspensas no ar; vitrines; através de fios transparentes de nylon, que normalmente são organizados em ordem cronológica (com uso de etiquetas explicativas das obras em questão). Lendo mais o livro, percebemos o foco do autor quanto ao modo de como a exposição é mais voltada para pesquisadores e/ou intelectuais e vem se afastando do público geral, que não usa o museu como uma fonte de pesquisa, e sim um passeio cultural, vide a citação: “A visita ao museu divide-se em geral em três partes. A visita à coleção exposta, da qual temos vindo a referir alguns aspectos, a passagem pela cafeteria e as compras da loja, no acaso destas existirem.” (Moutinho, p.8) Percebemos uma problematização do autor quanto ao planejamento do circuito expositivo de determinados museus, que intrinsecamente acabam por esquecer o foco principal da criação de exposições: levar informação ao público. Os objetos do acervo tornam-se mais preciosos que a própria historia que estes carregam. E por carregarem essa distorção do museu como um passeio cultural/turístico, destarte a preparação dos mesmos acabam por pregar o oposto daquilo que a Museologia diz sobre esta instituição. Segundo o autor, uma das grandes falhas dos museus, é como a informação passada ao receptor se apresenta de maneira imutável, única e incontestável, não permitindo a interpretação e o questionamento do mesmo. Esse problema esta mais restrito aos museus que se utilizam de menos de tecnologia e recursos tecnológicos ou interativos em suas instalações museológicas, onde os mesmos têm a