Breve histórico da farmácia no brasil
No começo do século XX a Farmácia detinha sua autonomia. Dentre os diversos setores que estruturavam o hospital, a que se destaca pela sua capacidade de produção e atendimento, era a farmácia. O contato entre o médico e o boticário acontecia rotineiramente e discutia-se sobre prescrições já existentes e sobre possíveis formulações diferentes e novas. Naquela época, quase inexistiam especialidades farmacêuticas (medicamentos industrializados), sendo valorizado o trabalho do farmacêutico e do médico, ressaltando as artes de manipular e formular. O curso médico tinha no currículo a disciplina de terapêutica, onde ajudava bastante no conhecimento sobre as fórmulas. Por volta de 1920-30 com a chegada da indústria farmacêutica, os medicamentos passaram a ser industrializados e as propagandas foram maciças. Os médicos compraram a idéia da nova tecnologia e deixaram gradativamente de ensinar a arte de formular e o diálogo com farmacêutico passou a inexistir. A farmácia abria lugar para os leigos, espaço para armazenar medicamentos industrializados, deixando-se de existir praticamente o farmacêutico, deixava de manipular e o resultado, foi o abalo na economia de um setor que havia sido tão viável alguns anos antes. Foi uma época lamentável para a Farmácia Hospitalar. Nos meados de 1940, apareceram às sulfas e antibióticos, a partir daí inúmeras especialidades farmacêuticas, foram substituídos muitos medicamentos indicados para certas patologias. Justamente neste período que as Farmácias Hospitalares resolveram industrializar as sulfas e soerguer, aumentando os lucros e a profissionalização, com essa atitude lúcida e que teve sustentação no decorrer dos anos decorrentes. A partir de 1950 os Serviços de Farmácia, mais representados na época pelas Santas Casas de Misericórdia e Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, passaram-se a desenvolver-se e modernizar-se. O surgimento da Farmácia Hospitalar Brasileira ressalta o