Artes plásticas na perspectiva multicultural

CONGREGAÇÃO DOROTEIAS DO BRASIL
FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE
ESPECIALIZAÇÃO EM CULTURA PERNAMBUCANA

Daphne Caroline Ferrão Rodrigues

ARTES PLÁSTICAS NA PERSPECTIVA MULTICULTURAL

RECIFE
JUNHO / 2011
ARTES PLÁSTICAS NA PERSPECTIVA MULTICULTURAL

Daphne Caroline Ferrão Rodrigues

Atividade apresentada como requisito parcial para a aquisição do título de especialização em Cultura Pernambucana, no módulo de Artes plásticas na perspectiva multicultural.
Orientadora: Profª Ms.Nicole Cosh

Resumo
Este material apresenta um breve comentário sobre os processos de inclusão e de exclusão de objetos e grupos nas narrativas museais. Inicia-se com um sucinto repasso histórico sobre o museu e algumas das transformações que sofreu até chegar nos moldes atuais. Também são apresentadas funcionalidades – educacionais, contemplativas, cívicas, políticas, etc. –, possíveis abordagens, segundo as noções estéticas atualmente em vigência, e as restrições que as abordagens pretendidas pelo museu exigem e que os conceitos arte implicam no ato da seleção de material das exposições.

A Gênese do museu.
Desde os primórdios, o Homem registra sua vida. Parece haver uma necessidade vital em preservar momentos que lhes sejam importantes. Esta tendência se dá em várias expressões, como em pinturas, esculturas e artefatos, mesmo que seu autor não se aperceba da sua produção artística, já que a concepção do que é arte disseminada, atualmente, é etnocêntrica, ocidental e europeizada. Na realidade, a produção e percepção artística não são unívocas. Não há uma universalidade quanto à sensibilidade estética. Os grupos sociais mais antigos ou mais afastados da Europa, e de seus conceitos, não tinham a mesma noção de arte que era – talvez ainda seja – gerada naquele lugar, mas têm suas produções expostas em museus até hoje. É relevante o fato de que não comungar com os