Trabalho
Esse quadro de crescimento constante vem sendo ressaltado diante das demonstrações de que o governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff, adotará uma postura desenvolvimentista.
Porém o cenário atual de nossa economia e as notícias que nos chegam diariamente de problemas enfrentados por países europeus têm causado preocupações em relação à inflação em nosso país e a uma eventual contração do mercado mundial.
Indicadores de inflação divulgados recentemente têm demonstrado que os preços ganham fôlego nos últimos meses. As previsões de especialistas sobre esse movimento vêm avançando semana a semana. É dado como certo que o IPCA, índice que mede a inflação oficial do país, ficará em 2010 acima do centro da meta, de 4,5%. Estima-se que a alta acumulada no ano se aproxime dos 6%. Para 2011, que tem a mesma meta, a inflação estimada é de pouco mais de 5%.
Diante desses movimentos, o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional anunciaram medidas preventivas – como o aumento do depósito compulsório exigido dos bancos - que irão retirar R$ 61 bilhões da economia nacional e tendem a restringir o crédito oferecido às pessoas e empresas. O objetivo é desestimular o consumo, que está aquecido, e desacelerar o avanço da economia. Tais movimentos prometem, no médio prazo, reduzir o ritmo de evolução da inflação.
Paralelamente, é possível que o Comitê de Política Monetária do Banco Central venha a aumentar em breve a taxa básica de juros da economia. As estimativas apontam para uma Selic de 12,25% ao final de 2011.
O controle da inflação é uma das grandes conquistas da economia brasileira desde 1994, quando foi lançado o Plano Real