Trabalho

1644 palavras 7 páginas
Um indivíduo que ganha mais dinheiro por mês obviamente pode gastar mais com bens de consumo do que um indivíduo que ganha menos dinheiro por mês. Por exemplo, um homem que ganha $1.000 por mês pode gastar $1.000 por mês, ao passo que um homem que ganha apenas $900 por mês pode gastar apenas $900 por mês. (Em prol da simplicidade, estamos ignorando algumas possibilidades, como o sujeito se endividar ou usar parte de sua poupança, e estamos assumindo que ambos os indivíduos querem viver dentro de suas rendas).
Quando há desemprego e economistas pró-livre mercado recomendam com veemência que haja a liberdade de os salários serem reduzidos - pois isso seria uma maneira de se eliminar o desemprego -, muitas pessoas pensam no exemplo dado acima e concluem que essa solução de livre mercado iria apenas piorar as coisas. Eles, com efeito, raciocinam que, como agora os trabalhadores que antes recebiam $1.000 passaram a receber apenas $900, isso vai fazer com que os gastos sejam reduzidos para apenas $900 por mês ao invés de $1.000 por mês, como ocorria anteriormente.
Generalizando esse exemplo para reduções salariais de qualquer amplitude, e seus consequentes efeitos sobre todo o sistema econômico, as pessoas concluem que reduções salariais causam reduções no nível geral de gastos em consumo, e que, portanto, tal medida certamente irá piorar o desemprego, ao invés de diminuí-lo. Desta forma, quase sempre sendo apresentada sob o nome de keynesianismo, essa é de longe a doutrina predominante nessa questão, e é por causa dela que reduções salariais raramente - senão nunca - são defendidas como meio de se reduzir o desemprego no mundo atual.
Entretanto, façamos agora uma abordagem da situação não do ponto de vista de um assalariado individual, mas tendo em mente o sistema econômico como um todo, essencialmente como Henry Hazlitt fez em seu brilhante Economia Numa Única Lição.
No sistema econômico como um todo, em qualquer ano, as empresas incorrem em uma determinada

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