Trabalho
ASPECTOS POSITIVOS
SÃO PAULO – Apesar de sempre bastante aguardados pelo mercado, os números da Petrobras (PETR3, PETR4), esperados para esta quinta-feira (11), não devem trazer grandes variações nos números da estatal – nem para o lado positivo nem pelo negativo.
De modo geral, não são esperadas grandes variações nos números da estatal no trimestre. Na comparação com os três meses anteriores, a expectativa é que os números de julho a setembro mostrem uma leve variação negativa devido a preços e volume de produção de petróleo menores.
Lilyanna Yang e Luiz Pinho, do UBS, também destacam o possível efeito negativo das margens mais baixas do segmento de gás e energia no Ebitda (geração operacional de caixa) da petrolífera.
O efeito real
A valorização do real no período também deve ter seus impactos nos números. Segundo Paula Kovarsky, Diego Mendes e Giovana Araújo, da Itaú Corretora, o preço de realização em reais deve recuar devido, em parte, ao fortalecimento do real.
O UBS, por sua vez, destaca que a alta da moeda deve contribuir para uma redução do Ebitda (geração operacional de caixa) de 6% na base trimestral.
Os efeitos da valorização da divisa nacional, contudo, devem trazer mais benefícios do que perdas à estatal. A Ágora, por exemplo, vê o efeito cambial como uma contribuição positiva ao lucro líquido do trimestre.
A Fator, o Santander, o Bradesco e o Credit Suisse fazem a mesma avaliação: “A apreciação do real deve impulsionar o lucro financeiro, devido à dívida denominada em dólares da empresa, o que deve trazer uma alta de 12% na base trimestral no lucro líquido”, escrevem Emerson Leite, Marcos Guerra e Vinícius Canheu, do banco suíço.
Custos e margens
Os custos de produtos vendidos (COGS, na sigla em inglês) devem aumentar, na visão do Itaú, devido a maiores importações de diesel e óleo leve para abastecer o mercado doméstico. Os custos de refino e as despesas gerais, de vendas e administrativas devem permanecer estáveis “supondo