Trabalho

Transições da história indígena no Rio Grande do Sul

A princípio, os indígenas que habitavam o Rio Grande do Sul viviam de forma primitiva. Usavam pouca roupa, casavam-se com familiares, moravam em ocas, caçavam, pescavam e coletavam alimentos da floresta. Além disso, tinham um sistema de organização interna na tribo, a qual se constituía de forma simples.
Por consequência disso, os viajantes europeus, principalmente portugueses e espanhóis, ao ter conhecimento desse povo, tiveram uma visão pejorativa do mesmo, associando-os a selvagens e animais, pois consideravam eles e seus costumes inferiores e grosseiros, assim acreditavam que deveriam impor a cultura europeia a eles. Essa visão baseava-se na comparação entre o modo europeu e o indígena: os europeus usavam roupas, não casavam com familiares, se consideravam civilizados, pois possuíam até mesmo sistema de educação, portanto, os europeus acreditavam que por tal superioridade, deveriam comandar e explorar os índios.
No entanto, essa visão muito difundida baseia-se somente de uma perspectiva gerada através do ponto de vista europeu. Após estudos, alguns autores desmembraram documentos que relatavam essa visão e, para eles, os indígenas não configuravam um povo inferior, mas sim dotado de um modo de vida diversificado e que não era bem aceito pelos europeus. Como descrito acima, a visão dos viajantes europeus formava uma sociedade indígena desorganizada e grotesca. Entretanto, os autores atuais descrevem os relatos feitos pelos viajantes como inverdades, já que estes escritos foram feitos por europeus e publicados por filósofos e antropólogos brancos, ricos e que se consideravam superiores aos indígenas. Tais descrições eram pobres, resumidas na caça na pesca e na coleta, além de costumes selvagens, ao mesmo tempo, os europeus se auto-descreviam de forma complexa: enquanto meio parágrafo era destinado a descrever o modo de vida dos indígenas, cinco eram escritos sobre o modo de vida dos europeus. Então,