trabalho
A formação do parque
No final do século XIX, em 1890, as terras do Ibirapuera, consideradas devoluta, passaram para a Municipalidade. Entretanto, só foram reconhecidas como patrimônio municipal no ano de 1916 com o Decreto Estadual n° 2.669. Os terrenos que faziam parte do antigo rossio da cidade, conhecidos também como Várzea de Santo Amaro, passaram a compor o perímetro municipal.
Em 1918, o então prefeito Washington Luis divide em lotes parte desse terreno, no intuito de desenvolver os arredores, acompanhando uma tendência que já havia se instaurado com a Companhia City ao lançar o Jardim América. O loteamento aprovado pela Lei n° 2.122 de 1918, cujos terrenos foram vendidos em hasta pública, hoje compreende o Bairro Jardim Lusitânia.
Com a mudança de governo, foi na gestão de José Pires do Rio na Prefeitura de São Paulo que se pensa pela primeira vez na construção de um grande parque público “útil à higiene da população urbana” e:
“situado na planície que começa no sopé da colina da avenida Paulista, e fica entre o fim da rua Brigadeiro Luiz Antônio, a Estrada de Santo Amaro, o córrego Uberaba, a cuja margem esquerda fica Indianópolis, limitados pela Vila Clementino e Vila Mariana, esses terrenos da Invernada dos Bombeiros e da Chácara Ibirapuera se prestam, admiravelmente, a construção de um imenso jardim ou parque, com área igual a do Hyde Park de Londres, igual a metade do Bois de Boulogne, de Paris” (1).
Pires do Rio foi o responsável pelas ações de incorporação de terras ao poder público, a fim de ampliar a área destinada ao parque. Uma das principais ações ocorreu em 1927, com a permuta do terreno sito a Avenida Água Branca, atual Avenida Francisco Matarazzo, por parte da