trabalho
"... será sempre questão de decisão ou de convenção saber o que deve ser denominado ciência e quem deve ser chamado cientista" (Popper, 1975, p. 55).
"... um discurso sobre o método científico será sempre um discurso de circunstância, não descreverá uma constituição definitiva do espírito científico" (Bachelard, 1968, p. 121).
"A fé nos latos é uma característica do mundo moderno. Esta fé exige
-como qualquer outra - que o crente se incline perante o que é criado, portanto, ela lhe diz: 'Inclina-te perante os fatos!' O fato considera-se como algo de absoluto, que fala compulsivamente por si mesmo; a ex- periência compara-se assim a um tribunal, onde se procede a um inter- rogatório e se emite um juízo. E, como todo tribunal, também este se considera como uma instância objetiva. Mas o domínio que sobretudo se crê estar sujeito a esta objetividade é a ciência; e, por isso, ela é olhada como a guardiã e a dcscobridora da verdade" (Hübner, 1993, p. 37).
"O sábio deve organizar; fazemos ciência com falos assim como cons- truímos uma casa com pedras, mas uma acumulação de fatos não é ciên- cia assim como não é uma casa um monte de pedras" (Poincaré, 1985,
p. 115).
A humanidade testemunhou, em nosso século, em dois momentos inesquecíveis, a presença marcante da ciência. O primeiro despertou sentimentos de orgulho; o se- gundo o de terror e medo. Jaspors (1975, p. 15-16) os narra e analisa.
O primeiro ocorreu em 191'), quando um grupo de cientistas, no Hemisfério Sul, durante uni eclipse solar, conseguiu testar com êxito uma das conseqüências da teoria de Einstein; u de que o espaço não é reto, mas encurvado em direção à concentração de massa existente. Na época, a teoria da relatividade especial e a da relatividade
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