Comunidade indígena, tecnologia e cultura
Podemos observar que durante muito tempo o indígena tem sido excluído de questões diversas no país, tais como: a posse de terras, destruição de propriedades, assistência médica e educacional às crianças das tribos, dentre outras. Contudo, essas comunidades vêm lutando para conquistar seu espaço político, sua cidadania como povos diferenciados, mas que tem os mesmos direitos universais do cidadão brasileiro, e aos poucos está conseguindo ter acesso a alguns valores do mundo globalizado, atrelados aos seus costumes e tradições, uma educação apropriada por eles.
Então, com o advento da tecnologia, esses povos vêm sofrendo muitas interferências e transformações em sua cultura tradicional. Algumas dessas são benéficas, outras nem tanto. Uma das preocupações da comunidade é que com a introdução da tecnologia, a cultura deles deixe de ser preservada, que sua religiosidade caia no esquecimento, que suas raízes ancestrais sejam exterminadas. Mas, a inserção dos índios no ambiente tecnológico, vai colocá-lo em vantagem em vista a um mundo globalizado como o nosso, pois essa inclusão facilitará o diálogo intercultural, a integração e a divulgação dos seus traços culturais, sua língua, que podem ser eficientes instrumentos de luta e reivindicação de direitos de determinada comunidade em âmbito nacional e internacional.
Conferir aos índios a aprendizagem das tecnologias em suas aldeias é proporcionar-lhes um mundo de comunicação, é facilitar a divulgação de sua cultura, para que seja conhecida e respeitada, e também possibilitá-lo de conhecer outras culturas.
Assim, dentro desse contexto de diversidade e mutualidade cultural, trazemos alguns conceitos antropológicos de cultura. Não é muito raro ouvirmos alguém falar fulano é culto e sicrano não tem cultura, nesse sentido o conceito de cultura está atrelado a fatores intelectuais, sofisticação, muitas vezes a volume de leituras e controle de informações.
No entanto o conceito