TRABALHO
Ao longo da nossa vida como estudantes, todos tivemos professores que nos marcaram pela positiva e outros pela negativa. No entanto, é impossível negar que muitas das nossas experiências vividas durante a escola primária foram marcadas por uma intensidade muito própria, devido a estarmos a descobrir pela primeira vez todo um novo mundo de conhecimento. Para além disso, forjam-se novas amizades, perdem-se outras, vivem-se alguns momentos memoráveis, entre outros menos bons. “Uma Professora Muito Maluquinha”, o novo filme da dupla de realizadores composta por André Alves Pinto e César Rodrigues, transporta-nos para o Brasil dos anos 40, numa pequena cidade rural eivada dos valores familiares tradicionais, que se depara com a chegada de uma bela e jovem professora para dar aulas a uma turma da escola primária. Esta irá marcar tudo e todos pela cidade, não só os adultos, mas também as crianças que a viam como um exemplo e a admiravam.
A graciosa professora é Catarina (Paola Oliveira), uma mulher que regressou à sua cidade natal, São João del-Rei (no interior de Minas Gerais), para leccionar na escola primária, e não deixa ninguém indiferente. Os alunos veneram-na, os homens deliram com a sua presença e as outras professoras desesperam com o seu método de ensino pouco convencional. Esta irradia uma energia pouco comum, um sorriso que encanta, ao mesmo tempo que apresenta uma certa ingenuidade que permite relacionar-se com os seus alunos e alunas como se fossem os seus amigos.
Quem também está de regresso à cidade é o padre Beto (Joaquim Lopes), um discípulo do Monsenhor Félix (Chico Anysio) e amigo de infância de Catarina. Beto é o director da escola na qual Catarina dá aulas e um dos muitos homens que sentem um enorme desejo sexual pela professora, embora no caso do pároco estes sentimentos tenham que ser reprimidos devido ao voto de castidade. Se os sentimentos do padre devem ser reprimidos, o mesmo não se pode