trabalho
A filosofia não visa assegurar qualquer coisa externa ao homem. Isso seria admitir algo que está além de seu próprio objeto. Pois assim como o material do carpinteiro é a madeira, e o do estatuário é o bronze, a matéria-prima da arte de viver é a própria vida de cada pessoa.
— Epiteto[4]
Os estóicos apresentavam uma visão unificada do mundo, consistindo de uma lógica formal, uma física não-dualista e uma ética naturalista. Dentre estes, eles enfatizavam a ética como o foco principal do conhecimento humano, embora suas teorias lógicas fossem de mais interesse para os filósofos posteriores.
O estoicismo ensina o desenvolvimento do auto-controle e da firmeza como um meio de superar emoções destrutivas, a filosofia defende que tornar-se um pensador claro e imparcial permite compreender a razão universal (logos). Um aspecto fundamental do estoicismo envolve a melhoria da ética do indivíduo e de seu bem-estar moral: "A virtude consiste em um desejo que está de acordo com a Natureza".[5] Este princípio também se aplica ao contexto das relações interpessoais; "libertar-se da raiva, da inveja e do ciúme",[6] e aceitar até mesmo os escravos como "iguais aos outros homens, porque todos os homens são igualmente produtos da natureza".[7]
A ética estóica defende uma perspectiva determinista. Com relação àqueles que não têm a virtude estóica, Cleanto uma vez opinou que o homem ímpio é "como um cão amarrado a uma carroça, obrigado a ir para onde ela vai".[5] Já um estóico de virtude, por sua vez, alteraria a sua vontade para se adequar ao mundo e permanecer, nas palavras de Epicteto, "doente e ainda feliz, em perigo e ainda assim feliz, morrendo e ainda assim feliz, no exílio e feliz, na desgraça e feliz",[6] assim afirmando um desejo individual "completamente autónomo", e ao mesmo tempo, um universo que é "um todo rigidamente determinista".
O estoicismo se tornou a filosofia mais popular entre as elites educadas do mundo helenístico e do Império