| O Garimpeiro | Garimpos e garimpeiros em Patrocínio Paulista | 1 | MARCONI, Marina de Andrade. O garimpeiro - aspectos sócio-culturais. In: Garimpos e garimpeiros em Patrocínio Paulista. São Paulo: Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas, 1978, p. 93-126. | 9395/69799100/1102/5106/10111112114115 | Economicamente independentes, pois começam a trabalhar cedo, os garimpeiros em geral possuem família nuclear.Freqüentemente casando-se cedo os garimpeiros não vem com bons olhos o Celibato, considerando a aquisição de uma esposa como. Um ideal que lhes confere prestígio.A mulher é a principal encarregada da educação dos filhos, que segue padres diferentes, conforme o sexo da criança.O círculo de amizade é restrito, predominando os laços de parentesco e de trabalho. A mulher desempenha papel secundário, raramente dirigindo a palavra a homens, com exceção dos parentes.O compadrio é considerado um laço forte, unindo famílias, sendo as crianças educadas no respeito aos padrinhos, cuja relação com os pais aproxima-se da de parentesco.A escolaridade dos garimpeiros é geralmente baixa, mas sua preocupação com os filhos e familiares leva à insistência na escolarização, pois aspiram à independência para os mesmos e consideram penosa sua atividade. O principal fator da baixa escolaridade é a situação econômica, que conduz à atividade remunerada com pouca idade.Porém, em média, sua escolaridade é mais elevada que a dos pais. A quase totalidade dos garimpeiros é cató1ica, tal como são ou eram seus pais, sendo que as mulheres e filhos revelam maior assiduidade aos cultos. Mantêm, em suas residências, sinais exteriores de suas crenças (imagens de santos). A prática religiosa está mesclada com crendices, mas é comum a fé em promessas. Sua religião é um misto de catolicismo e práticas mágicas. O garimpeiro é extremamente supersticioso e orienta muitas de suas ações pelos sonhos que têm. O receito de mau-olhado liga-se às etapas e frutos de seu trabalho. Muitos