Trabalho
Professor (a): Clara Roseane da Silva Azevedo Mont’Alverne
Disciplina: Metodologia do Trabalho Científico
Em vez das células, as cédulas
Zuenir Ventura, Jornal do Brasil, 2009
Nesses tempos de clonagem, recomenda-se assistir ao documentário “Arquitetura da Destruição”, de Peter Cohen. A fantástica história de Dolly, a ovelha, parece saída do filme que conta a aventura demente do nazismo, com seus sonhos de beleza e suas fantasias genéticas. Os cientistas são engraçados: bons para inventar e péssimos para prever. Primeiro, descobrem; depois se assustam com o risco da descoberta e aí então passam a gritar “cuidado, perigo!!”.
O documentário mostra como os rituais coletivos, os grandes espetáculos de massa, as tochas acesas ..., tudo isso constituía um culto estético - ainda que redundante (...) E o pior – todo esse aparato era posto a serviço da perversa utopia de Hitler: a manipulação genética, a possibilidade de purificação racial e de eliminação das imperfeições, principalmente as físicas. Não importava que os mais ilustres exemplares nazistas, eles próprios, desmoralizassem o que pregavam em termos de eugenia.
O que importava é que as pessoas queriam acreditar na insensatez, apesar dos insensatos, como ainda há quem continue acreditando. No Brasil, felizmente, Dolly provoca mais piada que ameaça. Já se atribui isso ao fato de que a nossa arquitetura da destruição é a corrupção. Somos claques mesmo é em clonagem financeira. O que seriam nossos laranjas e fantasmas senão clones e replicantes virtuais? Aqui, em vez de células, estamos interessados é em manipular cédulas.
01. A relação entre o documentário “Arquitetura da Destruição” e a história da ovelha Dolly guarda pertinência porque, nos dois relatos, subjaz a idéia de (2,0)
a) recorrência a valores de ordem histórica.
b) rejeição ao materialismo cientificista.
c) manipulação de resultados estatísticos.
d) ameaça a valores de natureza inalienável.
e) intolerância a