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É costume dizer que o descobridor de Goiás foi o Anhanguera. Isso não significa que ele fosse o primeiro a chegar a Goiás, mas sim que ele foi o primeiro a vir a Goiás com intenção de se fixar aqui. Isso se deu dentro da conjuntura do descobrimento de ouro no Brasil.
A bandeira saiu de São Paulo em 3 de julho de 1722. O caminho já não era tão difícil como nos primeiros tempos. Ate o rio Grande era bem conhecido dos paulistas, com alguns moradores e com roças; para alem, o Anhanguera dizia possuir um roteiro, ate o lugar do ano.
Mas a natureza não foi muito generosa em algumas regiões semi-desérticas do cerrado do Brasil Central e muitos dos componentes da bandeira acabaram morrendo de fome. Os sobreviventes, segundo relato do Alferes Braga, participante que acabou desistindo e desertando da bandeira, precisaram comer macacos, os cachorros e alguns cavalos para conseguir escapar à fome.
O Anhanguera era um homem obstinado: disse que preferia a morte a voltar fracassado. No fim acabou tendo sorte. Numa das voltas das bandeiras, quando já lhe restavam poucos companheiros: que os outros haviam morrido de fome, doença ou em escaramuças com índios hostis, descobriu ouro nas cabeceiras do Rio Vermelho, na atual região da cidade e Goiás.
A primeira região ocupada foi a região do Rio Vermelho. Fundou-se ai o Arraial de Sant´Ana, que depois seria chamado Vila Boa e, mais tarde, cidade e Goiás, sendo durante 200 anos a capital do território. Pelos registros da capitação, sabemos que dez anos depois, em 1736, já havia nas minas de Goiás 10.263 escravos.
O povoamento determinado pela mineração do ouro é um povoamento muito irregular e mais instável, sem nenhum planejamento, sem nenhuma ordem. Onde aprece ouro, ali surge uma povoação; quando o ouro se esgota, os mineiros mudam-se para outro lugar e a povoação definha ou desaparece.
Três zonas povoaram-se assim durante o século XVIII com uma relativa densidade: A primeira no Centro-Sul, com uma serie