Trabalho e juventude
Antes de começarmos a falar de trabalho no âmbito da juventude não podemos deixar de conceituar o significa do trabalho[1] para a condição humana. Para Marx o trabalho é atividade fundante da humanidade, ele afirma como centralidade da atividade humana, que por sua vez se desenvolve socialmente, caracterizando o homem como um ser social. Marx acredita que a divisão do trabalho determina as relações dos indivíduos entre si, tendo o detentor dos instrumentos de trabalho privilégios em tais relações. Assim para o mesmo o trabalho se tornou uma mercadoria a partir do momento que o trabalhador a vende como única fonte de sua sobrevivência. A satisfação das necessidades humanas constitui condição fundamental de toda história, sendo o trabalho atividade de toda a vida do homem, que visa satisfazer suas necessidades, é uma atividade central e historicamente determinada. O trabalho como processo histórico, se reveste de um caráter específico na formação social, cuja origem é a transformação da força humana de trabalho em mercadoria, raiz das formas de alienação, exploração e subordinação, que transpassaram a historia do trabalho na sociedade, mas, contudo o trabalho é atividade humana criadora que relaciona os homens entre si e com a natureza como autorrealização e como necessidade social, em outras palavras não há sociedade sem o trabalho de homens e mulheres, há de dizer como exemplo a cultura que é resultado justamente dos processos sociais de produção e reprodução das relações sociais de trabalho nas suas diversas dimensões, como arte, a técnica e o conhecimento. Na expressão de Konder, é pelo trabalho que: O sujeito humano se contrapõe e se afirma como sujeito, num movimento realizado para dominar a realidade objetiva: modifica o mundo e se modifica a si mesmo. Produz objetos e, paralelamente, altera sua própria maneira de estar na realidade objetiva e de