Trabalho Precarizado na Juventude
Segundo Marx, o trabalho humano é diferente do trabalho dos animais, pois o homem transforma a natureza de acordo com suas possibilidades e necessidades, já os animais agem instintivamente com uma ação reprodutora.
A discussão sobre o conceito de trabalho, também perpassa o trabalho inadequado, mal remunerado, terceirizado, instável, temporário, sem condições de segurança, altos índices de rebaixamento salarial e principalmente, perda crescente de direitos, esse é o desenho mais frequente dos vínculos empregatícios da classe trabalhadora, tal trabalho é denominado precarizado. Em muitos casos, exercidos por jovens que na busca do primeiro emprego, tão almejado, acabam tendo que se sujeitar a trabalhos incapazes de garantir uma vida digna a todos que dependem do mesmo.
Cabe ressaltar que questões de cunho pessoal me motivaram a estudar tal tema, por vivenciar e estar diretamente ligada a determinadas condições de trabalho que são impostas a juventude, no entanto ressalto também que não busco soluções pessoais para tal objeto de estudo, busco analisá-lo fora das relações que vivencio e entender como se dá o trabalho precarizado na juventude em níveis macros.
De acordo com Ricardo Antunes (1999), a partir dos anos 1970 e 1980, com a inserção dos modelos de produção Fordista e Toylorista e com as inúmeras transformações no mundo do trabalho; as consequências foram, principalmente, o enxugamento de funcionários e, a partir disso, a polivalência dos mesmos. No qual, ao reduzir o número de funcionários, aqueles que trabalham são preparados para cumprir diversas funções na linha de produção; característica essa que, se assemelha as condições de trabalho vivenciadas pelos jovens estudados em nossa pesquisa.
Nosso objeto de estudo são as condições de trabalho, em sua forma precarizada, vivenciadas pelos jovens.
Nosso trabalho tem como objetivo apresentar, de forma incipiente, as condições de trabalho vivenciadas pelos jovens, buscando inicialmente no