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Nem todos os textos selecionados, incidem exclusivamente na compreensão da leitura de maneira explícita. O livro quer proporcionar por intermédio dos autores argumentos e experiências que orientem e/ou justifiquem determinadas propostas didáticas em torno da língua escrita e, mais concretamente, da compreensão da leitura.
Capitulo 1- Ler, Leitura, Compreensão: “Sempre Falamos da Mesma Coisa? Isabel Sole”.
A leitura e a compreensão da leitura nem sempre foram concebidas como hoje pela comunidade científica.
Olhando para trás: quem, o que e como se lia.
Em um documento-ensaio sobre a história da leitura, Darnton tira conclusões que mostram como evoluíram os conceitos de leitura.
Nos séculos XVI e XVII ler, para a maioria das pessoas, era uma atividade vinculada à religião, que colocava a pessoa diante da palavra divina. A leitura era uma experiência oral para ser realizada em público e os eram pensados, sobretudo, para serem ouvidos e respondidos. Por volta do séc. XVII, nos países ocidentais, aprendia-se sucessivamente leitura, escrita e aritmética.A leitura era feita em voz alta e sua aprendizagem iniciava-se com a cartilha.
O método para aprender a ler começava com a ação de soletrar palavras para conhecer o alfabeto e cada letra em particular – nas formas maiúscula e minúscula-, depois vinha à divisão silábica e, por último, a leitura corrente.Muitas crianças aprendiam a ler textos – basicamente orações religiosas-escritos em latim, cujo significado obviamente não entendiam, porque a própria língua na qual estavam codificados não era acessível a elas. E também porque não era a compreensão o que se esperava dessa alfabetização parcial. Parece óbvio que, naquela época, a leitura não significava compreensão.
Alguns autores concordam em destacar a mudança do que se considera leitura intensiva-da Idade Média até aproximadamente a segunda metade do século XVIII-para a leitura extensiva, característica dos hábitos