trabalho voluntario religioso
TRABALHO RELIGIOSO
Alice Monteiro de Barros *
Sumário: TRABALHO VOLUNTÁRIO; Introdução; Conceito; Termo de Adesão; Ressarcimento de Despesas; O Trabalho Voluntário e a Legislação Italiana; TRABALHO RELIGIOSO; Introdução; Serviços Religiosos Prestados ao Ente a que Pertence o Religioso;
Serviço Religioso Prestado por Sacerdotes ou Freiras ao Ente a que Pertencem; Nova Tendência Doutrinária e Jurisprudencial sobre o Trabalho Religioso Prestado em Favor de Terceiro; Sacristães, Organistas e Campanários; Colportor.
TRABALHO VOLUNTÁRIO
Introdução
O termo trabalho deriva do latim vulgar tripaliare, que significa martirizar com o tripalium (instrumento de tortura), segundo alguns dicionários etimológicos.
Sustenta-se que os primeiros trabalhos foram os da Criação. É o que se infere do
Pentateuco, mais precisamente do livro Gênesis, que narra as primeiras origens do mundo:
“Deus acabou no sétimo dia a obra que tinha feito; e descansou ...” (Gen. 2,2). O trabalho não tem aqui conotação de fadiga e o repouso é desprovido do sentido de recuperação de esforços gastos. Do mesmo livro Gênesis consta que “...o Senhor Deus tomou o homem e o colocou no paraíso de delícias para que o cultivasse e guardasse...” (Gen. 2:15). Verificase dessa passagem que mesmo antes do pecado original, Adão já trabalhava; o trabalho é uma possibilidade de continuar a obra criadora de Deus. Com o pecado original, a doutrina cristã destaca não o trabalho em si, mas a fadiga, o esforço penoso nele contido (1), como se constata do mesmo livro Gênesis, 3, 17-19: “Porque destes ouvido à voz de tua mulher, e comeste da árvore, de que eu tinha te ordenado que não comesses, a terra será maldita por tua causa; tirarás dela o sustento com trabalhos penosos, todos os dias da tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. Comerás o pão com o suor do teu rosto até que voltes à terra, de que foste tomado; porque tu és pó, e em pó te hás de