Trabalho Vanessa Sa de Coletiva
No artigo estudado os autores traçam um panorama da evolução histórica e dos avanços e desafios recentes dos vários componentes do sistema de saúde brasileiro, focando, prioritariamente os indicadores do Sistema único de Saúde que foi instituído pela. Constituição de 1988 e que tem como base a saúde como um direito do cidadão e o dever do estado. Dentro desse contexto histórico de avanços, é destacada o papel da sociedade civil organizada como mola impulsionadora da reforma sanitária brasileira. De acordo com o texto, parte das melhorias observadas e que impactaram na promoção e democratização da saúde no Brasil, são advindos de políticas sociais voltadas para a promoção da qualidade de vida da população que começaram timidamente nas décadas de 70, ainda sob o regime militar e se intensificaram e consolidaram no século XXI no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A implementação do SUS, decorrente da Reforma Sanitária, foi liderada por profissionais de saúde e pessoas ligadas a movimentos e organizações da sociedade civil, reforçando a idéia da participação da sociedade civil e das ações intersetoriais na consolidação de mudanças político-sociais, inclusive no setor saúde. Apesar da coesão social presente, fatores como o apoio estatal ao setor privado, a concentração de serviços de saúde nas regiões mais desenvolvidas e o subfinanciamento crônico são apontados pelos autores como complicadores na implementação do SUS. Argumentam também que, apesar dessas limitações, o SUS conseguiu melhorar o acesso à atenção básica à saúde e de emergência, atingir uma cobertura universal de vacinação e assistência pré-natal, e investir fortemente na expansão dos recursos humanos e tecnológicos, incluindo grandes esforços para fabricar os produtos farmacêuticos. Estes resultados podem ser considerados reais avanços no sentido de reduzir as desigualdades de acesso ao cuidado à saúde.
Sabe-se que existem diferenças nas condições demográficas, econômicas, sociais,