Trabalho sobre o livro Ofício de Sociólogo
Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH)
Introdução às Ciências Sociais - Trabalho sobre o livro Ofício de Sociólogo
Acadêmica: Gabriela Machado
A obra Ofício de Sociólogo traz em seu conteúdo uma crítica ao “fetichismo metodológico”, ou seja, as situações em que o pesquisador está restrito a uma impressão prévia de seu objeto de estudo. Para Pierre Bourdieu, em seu cotidiano, o sociólogo deve estar atento para a vigilância epistemológica. Para desenvolver este assunto, o livro foi dividido em duas partes diferenciadas: a primeira delas trata da sociologia como profissão, seus desafios e atribuições. Já a segunda é composta por textos de diversos sociólogos, empregados com o objetivo de amparar as colocações das páginas iniciais. Durante a leitura, entende-se que a própria seleção dos objetos a serem estudados pelo sociólogo já está somada a uma espécie de análise prévia, que mais tarde vai conduzir o pesquisador ao desenvolvimento do trabalho. Em um primeiro momento, o autor dá conta de rechaçar o empirismo demonstrando o quanto esta dimensão está unida com a visão de que a sociologia é um desdobramento das ciências naturais. Avançando nas páginas, encontramos uma discussão acerca da neutralidade da sociologia. Neste trecho, fica claro que ela não é uma ciência neutra, a medida não se pode negar a subjetividade do sociólogo quando ele escolhe um fato a ser estudado. No entanto, isto não significa um problema quando há consciência metodológica e a correta aplicação das teorias. É no terceiro capítulo da obra que o autor mergulha em uma reflexão ainda mais intensa sobre a dimensão epistemológica da empregabilidade dos métodos. Para isso, ele vincula os caminhos metodológicos a uma necessidade de conscientização do sociólogo sobre a teoria e o universo teórico que ele está inserido. Esta consciência é que vai embasar todo o andamento das pesquisas. Entre as conclusões apresentadas neste livro está a que