Trabalho sobre a Obra de Eça de Queiroz "O Primo Basílio"
“O Primo Basílio” faz parte da segunda fase da obra de Eça de Queirós, iniciada com a publicação do “Crime do Padre Amaro”. O objetivo central do autor nessa fase foi destruir a burguesia através de críticas mordazes e da ironia que marcou seu estilo. Foi também encontrada para levar avante os objetivos da geração realista portuguesa.
A crítica de “O Primo Basílio” é contra toda sociedade lisboeta, marcada pela ociosidade burguesa, a futilidade, a devassidão, a imoralidade, a hipocrisia social, a superficialidade nos relacionamentos, a falsidade e arrogância que o dinheiro poderia causar em certos indivíduos.
2. Contexto histórico da obra
O contexto histórico da obra é o século XIX, o continente europeu passava por um processo de transformação radical. A revolução industrial iniciada no século anterior, na Inglaterra, provocou uma industrialização acelerada em vários países. As cidades cresciam rapidamente, camponeses transformavam-se em operários urbanos e a vida cultural ia se diversificando. Londres, Berlim, Viena e principalmente Paris eram centros de um vigoroso processo criativo. Enquanto isso, Portugal mantinha-se apegado às glórias do passado. O país não chegou a desenvolver uma burguesia empreendedora e capitalista, nem uma elite intelectual significativa que fizesse desenvolver as artes e as ciências.
3. Características da obra
3.1 Personagens Principais
Luísa: Esposa de Jorge, que ela conheceu após o abandono e rompimento (por carta) do noivado com o Primo Basílio. É uma senhora sentimental, sem valores espirituais ou senso de justiça.
Jorge: Marido dedicado de Luísa, engenheiro de minas, homem prático e simples, que contrasta com a personalidade mundana e sedutora de Basílio.
Basílio: Primo e ex-noivo de Luísa que retorna à Portugal na ausência de Jorge.
Juliana: Personagem mais completa e acabada da obra tem sido vista como o símbolo da amargura e do tédio em relação à sua