contabilidade
Autora: Vivianne Amaral
*
Trabalhando com redes já há uma década, tenho procurado, nos últimos três anos, desenvolver uma metodologia de facilitação, uma compreensão do processo, que possibilite o desenvolvimento, nas relações grupais, daquelas qualidades que o padrão anuncia: descentralização, transparência, conectividade, convívio produtivo entre diferentes, autonomia, interdependência e produção colaborativa.
Tentei expressar minha percepção pragmática do processo em um conceito que ainda não considero finalizado, mas que já traz os elementos que identifico como essenciais para a produtividade da rede: uma rede é um sistema aberto&fechado, cujos elementos estão relacionados entre si por regras, dispositivos, artefatos e situações de comunicação não subordinada. Compartilham objetivos e tarefas comuns e, na conectividade, geram dinâmicas de auto-organização.
Tenho reelaborado sistematicamente esta percepção, influenciada pela experiência da participação em redes, leituras, conversações e cursos e me apropriando de abordagens como o pensamento complexo, o taoísmo, o pensamento sistêmico e, no último ano, na psicologia social de Pichon-Rivière. Assim, o que apresento são leituras abertas, sujeitas a modificações que podem ser agenciadas pela práxis, novos conhecimentos e contribuições de outros que atuam nas redes. Acredito que comunicar o estágio atual de minha percepção sobre redes permitirá sua própria superação.
A rede1 é, basicamente, um processo de comunicação estruturado de forma reticular. As conexões entre os elementos do sistema que estão distantes entre si se expandem para todos os lados, uma exploração dos horizontes. As morfologias de estrutura são variadas e refletem as direções da comunicação. É, ao mesmo tempo, social (só existe na interação social) e tecnológica (utiliza ferramentas de comunicação e outras). Dessa forma, acionar uma rede consiste em criar um processo comum de comunicação 2