Trabalho sobre macroambiente
SÃO PAULO - O Grupo Pão de Açúcar terminou a segunda-feira com o maior valor de mercado da sua história: R$ 24,1 bilhões. As ações encerram o pregão de ontem cotadas a R$ 91,79, após alta de 1,36%, acima dos R$ 90,65 registrados na máxima anterior, em 2 de maio.
Por volta das 13h do pregão de hoje, as ações seguiam com tendência positiva, em leve alta de 0,12%, para R$ 91,90, indicando que o pregão desta terça pode levar a uma nova máxima histórica para a companhia.
Segundo a base dados da Bloomberg, 15 entre 24 analistas que acompanham a companhia recomendam a compra dos papéis, com preço-alvo médio de R$ 95,60. Nos últimos dois meses, quatro instituições (Raymond James, CGD Securities, Bradesco Corretora e HSBC Corretora) já haviam elevado seus preços-alvo para acima de R$ 100.
Além de estar entre as preferências dos investidores por ser do setor de consumo e oferecer uma proteção natural contra as preocupações com o crédito (atuação no mercado de alimentos), a companhia se beneficia da aposta crescente de que o clima difícil entre os sócios pode acelerar o desfecho das questões societárias.
Nas semanas que passaram, houve tumulto adicional na convivência entre os dois principais sócios. Depois de uma discussão sobre modificações do estatuto do Pão de Açúcar, na sexta-feira, ficou evidente que a indisposição do empresário Abilio Diniz com a multinacional francesa Casino está afetando até mesmo a sua relação com Enéas Pestana, presidente-executivo da varejista. De acordo com pessoas próximas, apesar de Pestana ter chegado ao cargo durante a era Abilio, o executivo estaria neste momento alinhado ao Casino, que assumiu o controle isolado da empresa em 22 de junho.
A tensa convivência entre Casino e Abílio Diniz, respectivamente controlador e ex-controlador da empresa, estimula a crença de que ambos vão buscar uma solução para esse impasse o mais rápido possível. No entanto, há uma vagarosa negociação em andamento conduzida pelos